quinta-feira, 3 de julho de 2008

Qualidade Precisa-se Urgentemente

No sábado, mais um dia daqueles...inesquecível. Um grupo de amigos, daqueles com que dá gosto de estar, comer, beber e ouvir das coisas mais bonitas que se pode ouvir.
Depois de estar com um queijinho dos lados de Fornos de Algodres regado com um vinho da Quinta do Tralqume a deslumbrar uma paisagem digna de sair de um filme passado no Parque-Cine nos anos 60, eis que chega o ultimo casal convidado, (depois de uma avaria no GPS, lá descobriram o covil da malandragem) um casal de ilustres médicos da nossa praça.
Feitas as apresentações, começa o desassossego! Primeiro os convivas foram-se mandando a uns pasteis de bacalhau feitos com muito carinho pelo meu amigo António ( lá numa qualquer vitrina do Pingo Doce) e fritos na hora pelo dignissimo cozinheiro, "estavam uma delicia" comentava a esposa de um dos convidados. O cozinheiro começa servir um a um, o comer que era para quatro chegou para onze e para sobremesa um queijo lá de cima dos lados de Fornos e o resto dos bolos de bacalhau, não esquecendo aqui o famoso vinho da Quinta do Tralqume.
Pois aqui, começou a conversa que dá o tema a este Post. Antes de aquecerem as cordas dos bacalhaus e as vozes de oiro dos artistas, segui-se um cafezinho e foi aí que o nosso ilustre convidado comentou muito triste "que foi convidado a ir ás tasquinhas das freguesias, mas que além dos preços não serem convidativos o vinho era MUITO MAU"!
Pois não se concebe que um jantar com os tradicionais pratos do nosso concelho, que nós comemos uma vez por ano, (pois todas as semanas era impossível, pois o ordenado não dava!) seja regado com um vinho que ainda têm o gozo de chamar a esta coisa medonha de Capataz!
Tem muita razão o nosso ilustre médico, pois quem paga o que paga pelo petisco também devia ter a liberdade de escolher um vinho que lhe desse gosto em beber, pois ser confrontado com uma frase de: " Só temos Capataz" é meio caminho para a azia.
Pois companheiros, lá começaram a trinar as violas, aquelas vozes monumentais ouviam-se lá junto ao Mondego num dos montes mais bonitos do nosso concelho. duas e meia da matina a Doutora disse ou Doutor, "Menino são horas de recolher pois daqui a pouco vais servir o povo", e lá se calou mais uma bonita voz. O nosso amigo Zé, que veio lá de cima com a companheira inseparável a nossa amiga "Guidinha" já estavam cansados, pois a saúde foi coisa que por ali já passou.
Mas ás três da matina os artistas e respectivas companheiras, já com alguns compromissos para o dia que estava a começar, levantaram-se e regressaram a suas casas , pois o caminho para alguns ainda era comprido. Eu lá me despedi do Mondego, com aquele ar de quem na sexta-feira tem mais uma jornada difícil, sempre com o pensamento de que tinha que falar com o meu querido amigo Lídio Lopes, para resolver o problema do vinho das Tasquinhas das Freguesias lá para o ano, foi promessa, mas comprida.
Obrigado companheiros por estes momentos, momentos que ás vezes nem os gajos ricos conseguem ter! Bem - Haja e um abraço do Paulino, à! já agora o Pilante tem que conhecer o Mondego!